Aperto

Eu consigo ouvir as risadas, as broncas, os comentários no meio dos filmes. Ele reclamando do barulho enquanto eu lavava a louça e ele ficava esticado no sofá vendo TV e comendo alguma besteira. Ou ele me acordando de manhã pra saber se pode pegar meu mp3.
Acho estranho quando pegam no meu braço e não é ele. Pra qualquer camisa social, qualquer cinto e sapato de bico quadrado masculino, eu lembro de uma situação. Para cada saia, vestido curto ou blusa decotada que eu olho, penso no que ele ia falar. Cada garoto que passa pela minha vida, seja de forma breve, seja amigo de longa data, ele sempre, sempre tirou onda deles.
Eu nunca o abracei muito. E nem o beijei no rosto muito. E acho que nunca disse que o amava. Ao contrário, em várias brigas já disse o que não devia.
Adorava quando ele me fazia rir ou se juntava a mim para tirar sarro do nosso irmão do meio. E quando ele tinha medo de se aproximar de mim quando estava triste ou nervosa. Quando ele perguntava quem era o cara que eu estava falando tanto.
Eu sinto falta dele todo dia. Todo dia.
De quando trocávamos de canal e estava passando “11 Homens e um segredo” (ou suas continuações), “Patch Adams” ou qualquer outro filme que gostávamos. De como ele queria se parecer com a personagem do Brad Pitt na série “11 Homens e Um Segredo”, porque ele usava terno, tinha uma tattoo linda no braço e passava o dia inteiro comendo besteiras, além de cuidar de hotéis e roubar cassinos. Era a pose que ele adorava vestir.

Já fazem 5 meses. É estranho porque me bate um aperto em dias que nada lembram a morte dele. Eu sei que agora ele está bem. Está me boas mãos.
E eu tenho que ficar bem, porque, afinal, a vida continua. É uma pena que a saudade que sinto por ele eu só possa matar daqui muito tempo ainda…

Memória?

Hoje tive a felicidade de sonhar com o Allan. Era de manhã e não tinha ninguém em casa a não ser eu. Então, não se te dizer se eu acordei gritando, se eu acordei apenas, se estava sorrindo enquanto dormia. Mas posso descrever mais ou menos como foi o tal sonho.

Era de manhã (umas 6:30), no horário que eu pegava ônibus para ir pro Médio. Como estava atrasada (já estava no ponto de ônibus), eu subi em uma perua que ia pro terminal, assim teria mais condução pra chegar no colégio. 
Logo que entrei na perua, eu vi meu irmão ao fundo. Eu não parava de sorrir. Estava muito encantada com isso e gritei “KIM”. Todos da perua olharam pra mim, mas ignorei e fui direto falar com ele. Ele sorria. Estava com seu paletó de veludo que sempre gostou e uma camisa listrada, branca e verde, bem do jeito que ele gostava de se vestir. Não me lembro que calça estava usando, estava mais concentrada em olhar pra ele. 
Ele disse uma hora “Desce que depois eu te ligo”. Eu ignorei. Não lembro o que tinha dito a ele. Mas lembro que não estava acreditando, por isso, afaguei as costas dos dedos da mão direita em seu rosto. Eu SENTI a pele dele. Eu SEI que senti. Depois disso, ouve mais uns sorrisos e acordei. 
Entrei numa crise de choro, lógico. É uma coisa muito repressora você no fundo querer acreditar que uma pessoa que já se foi esteja viva, que tudo aquilo é uma maldita conspiração. Mas, não é. 
Sonhar que encontrei meu irmão numa perua, num sonho tão real, me fez acreditar que de fato era uma conspiração e tudo o mais. Acordar e sentir a frustração de que era só um sonho faz qualquer um ir abaixo. 
Ainda estou meio em choque, sei lá. Não quero ver gente conhecida hoje. Não quero ficar aguentando a futilidade das pessoas, os problemas delas. Isso me irrita. Quero só ficar ou em casa ou perto da minha mãe, sei lá. 
Depois de uma morte tão próxima e de uma pessoa tãoo querida, você perde a noção do que realmente é importante. Todo tipo de tristeza se torna banal. E isto se torna a única ferida pulsante que ninguém, NINGUÉM, a não ser nós mesmos pode mexer. 

A pele dele estava muito macia. 
*suspiro*

“Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?” – Wish You Were Here – Pink Floyd.
Boa Noite!

Reflexões para o que se renova.

Sou uma pessoa extremamente tradicionalista quando a coisa se relaciona à família. Natal e ano novo deve ser sempre iguais, independentemente do que tenha acontecido no ano. Ou seja: dia 24 toda a família na casa da minha tia, cada um traz o prato, tem a ceia, o amigo secreto, troca de presentes, essa coisa toda. Dia 25, de volta à casa da minha tia para comer o que sobrou da ceia no almoço, assitir um filme ou coisa parecida. Dia 26 ou 27 descemos pra praia. Curtimos a praia da Baleia [São Sebastião], curtimos a piscina, assitimos uns filmes da pegada indie, haha, entre outros. Sempre, digo SEMPRE tem de ter todos presentes. Senão parece incompleto.
Parece comum, eu sei. Mas conheço muita gente que passa o natal e o ano novo de um jeito bem estranho, tipo na frente do PC, ou sozinho, tomando um vinho. Acho estranho. Sou extremamente meticulosa com essas tradições de família.
Espera, estou repetindo tudo, não é mesmo. ‘Bora mudar o assunto.

Tenho de confessar uma coisa nesse ano, quando vi os fogos no céu. Pode ser porque foi o ano em que eu mais fiquei entorpercida, mas os fogos em si me chamaram a atenção. Já perceberam que, por estarem tão distantes, ás vezes parecem estar bem próximos. E que, ao menos eu, tenho vontade de esticar a mão e tentar pegá-los para ver se estão realmente na ponta do meu nariz. Mas depois a razão vem à cabeça e eu lembro que eles estão bem longe.
Fora a sensação de que os fogos não são reais. Juro. Muitas vezes os olhava e não tinha certeza se estavam de fato ali. E das minhas cofissões deste ano, vai a mais nítida: eu estou com medo. MUITO medo de encarar meus próximos dias. Eu sei que por causa disso, provavelmente eu vá me fechar. Não é o medo de conhecer pessoas novas. É sim o medo de lhe dar com elas, acho. Um medo de elas confiarem em você e talvez você não possa lhe dar o que elas pedem. O ano de 2008 foi o que eu mais me revelei má, maldita. E tenho medo de mostrar esse lado de novo. Como vou me dar com esse medo, esse pânico estranho, não sei.
Talvez eu precise me apaixonar de novo. E espero que a paixão seja recípocra. Não sei…
Pra superar paixões entro numa depressão profunda, depois saio quase que renovada. É o meu caso agora. Eu já me sinto renovada. Agora será que eu vou me apaixonar, me perder, depois cair para depois me renovar? Será que eu vou ficar nesta merda de ciclo a vida inteira ou surgirá algo pra mudar isso?
Vejamos. Sou jovem. De amores platônicos tenho uma vida inteira para sentir. Que seja!

Uma boa entrada de ano novo pra vocês.
Boa Noite!

Laptops me inspiram.

Escrever no blog do laptop do meu pai me inspira a bancar a futura escritora, de novo. Estou aqui, no final da festa de aniversário dele [meu pai], acabando de me despedir de meus tios e meus primos, guardando a comida que sobrou e lavando a montanha de louça que ficou. Fim de festa! Acabou! Você se atualizou com os fatos de sua família, quem está fazendo o que, quem visitou quem, quem traiu quem. Parece estranho, mas eu sempre gostei dessa sensaçao “família”. E DONADA, agora, ela me parece estranha, parece que incomoda. Mas é uma coisa meio específica. Em relação a apenas algumas pessoas das minhas família. Todos parecem tão fúteis, tão intrometidos. Oras, do que estou falando, toda família é assim. Vou desencanar disso.

Uma coisa que conversei com a minha tia, enquanto ela arrumava minha prima, é como minha mãe me considera um desafio, justamente por ser mulher. E não uma garota que anda com garotas, como a maioria, uma garota que tem como maioria amigos HOMENS, que batem, que pegam, que falam besteira, que viram a noite bebendo, que aprontam mil e umas. E eu, uma garota. Parece machismo dela, mas é difícil enxergar o quanto isso não é. Que isso faz parte da nossa fragilidade e o quanto é difícil pra uma mãe lhe dar com o fato de que sua filha pode ser estruprada na rua enquanto volta de uma tarde de video-game com os amigos. Isso, de fato, é uma das coisas que mais não entra na minha cabeça. Tanto porque sou muito feminista [direitos iguais, oras], quanto porque eu bato muito de frente com minha mãe por ela ser tão em cima de mim, sendo eu a mais independente de seus 3 filhos [não digo na questão de cozinhar e tudo mais, digo na questão de que, se alguma acontecer, eu que vou levar essa casa pra frente], além disso, eu sou meio teimosa com meus princípios. Enfim, eu concordo com minha tia de que não deve ser fácil cuidar de mim, mas do mesmo jeito, não vou deixar de lutar pela maneira de que quero me dar com as coisas aqui em casa. Eu não sou lá muito responsável, confesso. Mas estaria disposta a me mudar, a tentar me tornar ao máximo melhor, para manter as coisas em ordem aqui em casa, caso alguma coisa acontecesse.

Cara, nem sei dizer ao certo como cheguei neste assunto. Eu disse, laptops me inspiram, haha. Preciso de um.

Tava comentando com o Léo sexta-feira, estou pensando em dar uma olhada nos meus escritos dos meus diários antigos, editá-los e publicá-los em algum lugar. Não sei porque tenho vontade de fazer isso. Quero dizer, quem vai ler as aflições um tanto comuns de uma pré-adolescente? Aflições, questionamentos, conclusões que, se você for ver, são exatamente iguais à maioria dos(as) adolescentes da minha geração. Grande merda, haha. Enfim, é uma coisa que eu tenho que ver ainda.

Eu tô com sede de livros, como disse. Estou acabando de re-ler “A Hora da Estrela” da Clarice Lispector, quero ler logo “Vidas Secas”, para as provas de português, depois, quero acabar o “1984” do George Orwell e tentar ler de novo o “Cem Anos de Solidão” do Gabriel Garcia Marquez. Estou na pegada indie de livros, ahuahuaa.

Vou acabar esse post no nada. (x

Boa noite para todos aê.

So I wander on

Aproveitando os dias frios aqui, apesar de não gostar muito.

Sumi, eu sei, mas foi só por uma semana. Esse final de semana não durmi em casa e, ultimamente, não tenho durmido de noite em conta d’eu ter instalado o jogo do filme “O Chefão”. É um GTA dos anos 40. É a coisa mais maravilhosa do mundo. Fora que você pode fazer seu próprio personagem. O meu é o “Vitchenzo”, que tem olhos azuis e cara de gangster sem piedade, hahaha. Ok, chega de assunto de nerd.
Eu ia falar do aniversário da Giselle, o primeiro rolê da qual fiquei bêbada, aprontei coisas e tudo mais, mas não tô muito afim. A única coisa que eu posso dizer é que foi o melhor rolê de todos, inesquecível. 
Essa semana meu irmão foi viajar e eu ando me sentindo meio só, confesso. Apesar dele sempre estar trabalhando ou na casa da namorada, faz falta assistir “Tela Class” ou alguma outra coisa com ele. Curto minha família, cara. Melhor coisa.
Não estou com muito assunto, como podem perceber. Por isso, vou sair fora.
Feliz dia internacional do rock. 
“Bury your head in the sand

I’m thinking six, six, six
I’m thinking six” – Helicopter – Bloc Party.

Boa Noite!

So I wander on

Aproveitando os dias frios aqui, apesar de não gostar muito.

Sumi, eu sei, mas foi só por uma semana. Esse final de semana não durmi em casa e, ultimamente, não tenho durmido de noite em conta d’eu ter instalado o jogo do filme “O Chefão”. É um GTA dos anos 40. É a coisa mais maravilhosa do mundo. Fora que você pode fazer seu próprio personagem. O meu é o “Vitchenzo”, que tem olhos azuis e cara de gangster sem piedade, hahaha. Ok, chega de assunto de nerd.
Eu ia falar do aniversário da Giselle, o primeiro rolê da qual fiquei bêbada, aprontei coisas e tudo mais, mas não tô muito afim. A única coisa que eu posso dizer é que foi o melhor rolê de todos, inesquecível. 
Essa semana meu irmão foi viajar e eu ando me sentindo meio só, confesso. Apesar dele sempre estar trabalhando ou na casa da namorada, faz falta assistir “Tela Class” ou alguma outra coisa com ele. Curto minha família, cara. Melhor coisa.
Não estou com muito assunto, como podem perceber. Por isso, vou sair fora.
Feliz dia internacional do rock. 
“Bury your head in the sand

I’m thinking six, six, six
I’m thinking six” – Helicopter – Bloc Party.

Boa Noite!

tedio2

Eu sei, estou demorando pra postar, mas é que anda difícil mesmo!

Meu vô está aqui em casa hoje. Ele passou o final de semana aqui em casa e isso é ótimo. Ele é engraçado e bem dócil. ^^ Além de contar aquelas estórias do tempo da carochinha que sempre é divertido escutar. xD Fora que ele a cada dois frases que ele fala, uma é “puta que o pariu”. Duvido que vocês tenham avôs que nem o meu. u.u’
Hoje a minha tia vai dar uma passada aqui em casa para discutir umas coisas do meu avô e do meu tio Matias. Mó novela essa família em relação as coisas do meu vô e do meu tio. MUITA novela por nada. Muita novela por uma coisa que só exige um mínimo de raciocínio e lógica para resolver. Mas, enfim…Como minha mãe dizia: “é assunto de adulto, filha. Não se mete” [tá certo que ela dizia isso quando eu tinha uns 5 anos, mas a cara dela ao me ver dando opnião sobre as coisas ainda é a mesma.].

Eu baixei com meu irmão um RPG muito legal e que é meio viciante: With Your Destiny. É estilo Ragnarok, só que com gráficos melhores e um pouco mais fácil [eu achei], além de ser de graça, não precisa ficar comprando cartões de horas pra jogar. u_u’ E eu espero não se tornar pago, senão vou ter um pit. u.u’

Tenho um monte de coisa pra fazer agora nas férias, que eu estou sentindo que vai ser cuuuurta. Hoje tenho que fazer os módulos de biologia, acabar de pintar o quadro e a redação de SIC, tudo pra amanhã. E amanhã, eu ainda tenho que acabar o trabalho do desfile. EEEEE laiá. Ainda bem que eu ainda tô no segundo ano. Se tivesse no terceiro, estaria fazendo prova com meu irmão agora. =/ E nessas férias eu ainda tenho que fazer reforma no blog e montar o layout do AG, da qual eu estou enrolando um pouco pra fazer por pura falta de tempo. =/ Além de falta de saber como mecher nos programas [sim, eu ainda não sei muito bem como mecher no Photoshop ou no Adobe.x_x]. Tenho que começar a fazer exercíxios pra colocar esse corpo em forma e ainda não ficar de PP em nenhuma matéria. Ufa! Eita ano cheio. xD

Eu vou ver se posto mais vezes nessa semana, Prometo que vou tentar!

“Say hello on a day like today
Say it everytime you move” – A Night Like This – The Cure.
Boa Noite!

restaurante vegetariano

Vou te dizer uma coisa, descobri porque eu sempre tolero muito os outros: Porque eu simplesmente ODEIO a atitude do meu pai em se fazer de vítima e/ou injustiçado em toda e qualquer situação que talvez vá contra os planos dele. Hoje fomos comemorar o aniversário da minha avó e ele respondia a todas as perguntas com defesa, como se estivessem perguntando para acusá-lo de alguma coisa. E eu realmente não suporto esse tipo de atitude. E hoje, ele encheu meu saco, importunando minha avó [pobre coitada, só queria curtir o aniversário dela], a acusando de ter arranjado uma confusão pelos desencontros dele e do meu tio. Isso realmente me revolta.

Vamos a hoje, mais divertido. Acordei, tomei banho e logo minha mãe me avisou da ocasião especial. Ela ia fazer o vestibulinho, pra prestar tecnico de design de móveis, lá em Pinheiros e não poderia ir no almoço. Daí, coloquei a minha salopete xadrez, uma camiseta pólo e meu All Star bege[ficou legal, acreditem. =B] Ela saiu com meu pai, que foi levá-la até o vestibulinho e depois voltava para nos buscar. Aí tomei café e li meu jornal, como todo domingo. Depois, subi e arrumei minhas coisas e acabei de ler o capítulo 10 do livro que a Gi me emprestou. Aí ele chegou, liguei pra minha avó, avisando que estávamos saindo e que íamos já buscá-la.

Enfim chegamos ao restaurante. Depois que eu percebi que era um restaurante vegetariano. 8D [o Renan ia ficar feliz em ouvir isso] Fiquei feliz, pois fazia tanto tempo que não via uma variedade daquelas de legumes na minha frente. Já ri da cara do meu irmão, que só come carne praticamente. Conversei bastante com meus primos, o que foi ótimo. Dei risada, voltei á infância alegre e comunitária que eu tinha com meus primos. E isso aumentou mais quando fomos à casa da minha avó para comermos um bolinho que ela fez e lembramos de quando passávamos o fim de semana lá, assistindo Sessão da Tarde e brincando de acampamento no meio da sala. xD Enfim, o dia foi bem produtivo e gostaria que se repetisse, sem os seus poréns se possível.

Acabo por aqui.

“Hey don’t let it go to waste
I love it but I hate the taste
Weight keeping me down” – All My Life – Foo Fighters
Boa Noite!