Positivismo

Se eu podia usar bermudas de garoto na escola aos 14 anos, eu posso usar esmaltes da moda agora. Se eu podia contestar a política brasileira sem que me contrariassem, eu posso usar mini-saia com salto e falar palavrão ao mesmo tempo. Se eu ainda continuo cruzando as pernas em formato “indiozinho” em todo lugar que eu sento, ainda posso sentar e encarar quem quer aparecer na minha frente. Se eu podia ouvir Slipknot e Linkin Park e achar que era tudo a mesma coisa, ainda posso ouvir Iron Maiden e achar uma merda.
Se eu fui usada, eu posso usar alguém. Se eu te amo, eu posso te destruir. Se eu te odeio, posso te transformar no maioral. Se eu posso sair de casa sem calcinha e me achar a mais vulgar de todas, eu posso muito bem usar moletom na rua e ser bagaceira.
Eu posso e eu vou. Não é o tempo, não são trabalhos nem pessoas que vão me impedir de fazer o que eu quero fazer e, logicamente, eu posso fazer.
E o que eu quero é ouvir apenas a minha cabeça agora. Foda-se coração, foda-se! Você já tomou meu corpo por tempo demais e olha como eu estou agora! Vou fazer aquilo que me faça chorar por apenas uma ou duas noites entre dias felizes e não o contrário. E se isso não der certo, eu posso muito bem reiniciar e fazer o que eu acho que vai ser melhor para mim.
Tudo dará certo.
Agora, se você não agir como estou planejando…

“With your smart mouth and your killer hands
With a potion oh that I have made
For a young man its a heck of a wage
And i feel crazy when I see your face” – True Love Way – Kings Of Leon.
Boa Noite!

O bar salvador.

-Uma coca-cola, por favor?!
O balcão de luz iluminava meu rosto e, do espelho à minha frente, via a cena grotesca que estava me tornando. As rugas eram muito visíveis para uma mulher de 22 anos. Seria o cansaço ou a abdicação de ingerir qualquer coisa que possa levar à algum tipo de alucinação? Tanto faz! Eu me sentia velha e indiferente para tudo o que acontecia á minha volta.
Estava num bar do centro. Nada muito fora do comum: som alto, garotas de mini-saia, caras arrogantes e necessitados, baristas prontos para aguentar bêbados carentes e os perdidos, como eu. Os perdidos (e perdidas) são sempre aquelas pessoas que nunca bebem, ou bebem sem exageros, apenas observam o ambiente e concluem que a vida é uma droga.
-Moça? Sua coca com limão.
-Ah, obrigada.
Não sei exatamente quanto tempo se passou, mas em menos de 2 minutos eu consegui relembrar, com detalhes, a aparência que eu estava no enterro do meu irmão, 5 anos atrás. Me olhar no espelho e ver a cara inxada, caída, mas ainda cheia de força. Lembro de analisar no reflexo cada detalhe em minha tez se estava tudo certo. Se aquilo realmente estava acontecendo… O que fez com que eu lembrasse, também em detalhes, da crise de choro por causa de algum garoto. O fato maior, que seria o garoto, eu já não lembro mais. É engraçado que, em nenhuma das ocasiões eu demonstrava aflição e agonia a ninguém. Apenas ficava na minha, observando e ruminando.
Como agora, em frente ao balcão de um bar, enquanto o cara ao lado fica me paquerando e eu simplesmente me concentro no gelo dentro do copo de coca-cola. Ele se aproxima fisicamente e eu me levanto no mesmo instante, levando o copo comigo. Estou de saco-cheio. É sempre a mesma merda. Você vai para um bar, RELAXAR e aparece um ass-hole querendo conversa. Será que ele achou que eu estava bebendo alguma bebida especial? Eu nem vim vestida decentemente. Apenas botei uma calça jeans velha, tênis e regata preta (roupa de barizon, como dizia uma amiga minha). Apenas lápis preto borrado no olho e uma cara de tédio facilmente reconhecível.
Como pode um homem charmoso chegar perto de uma mulher com uma expressão negativa sem mais nem menos? É a revolta que o atrai? Porque eu tentei ser a garota alegre e irritante uma vez e me tacharam como a “de boca calada, é fácil”. Eu não preciso dessa pose ou disfarce para afastar indivíduos que procuram um mistério, um leão enjaulado por trás do maxilar enrijecido que eu insisto em manter quando estou pensando. Quanto ao leão, uma ou duas pessoas o viram. Será que sua pouca exposição à luz do sol o fez ficar tão famoso e, agora, querem tentar me domar?
Tanto faz também. Encostar as costas ligeiramente nuas na parede gelada e sentir o gelo queimando por dentro me acalma. Estou num canto tão escuro quanto a minha camiseta e só sei que há casais se amassando ao meu lado direito porque estes fazem movimentos que tampam a luz que vem do balcão e isso faz com que minha pupila se contraia e dilate de maneira frenética. Isso me deleita.
Ah, a beleza de parar, observar e não ser observada. Finalmente me sinto confortável o suficiente para relaxar as sombrancelhas e não ter mais dor de cabeça por tensão fútil. Eu não deveria ter pegado esta coca. Assim poderia sentir a pressão caindo e ver as coisas turvas e a sensação de fraqueza, de necessidade. Orgulho ferido. Mas já que estamos aqui e eu já tenho glicose no meu sangue, vamos avaliar de novo a situação.
Eu sou uma mulher de 22 anos, recém-formada, trabalhando, morando com os pais, solteira e desinteressada em relacionamentos, apesar da carne arder algumas vezes e eu ter de apelar para o terrível one-night-stand – Deus, isso é tão frio. Parei no bar com dois amigos, mas me perdi deles (de propósito aliás). Ambos estavam acompanhados até cinco minutos atrás e agora devem estar fodendo alguma das garotas de mini-saia. Só terei sinal de vida deles quando meu celular tocar. Eu poderia até ir embora, mas vê-los satisfeitos e ouvir as peripécias sexuais me distrai, me faz refletir o quão fundo de poço eu posso me tornar. Sendo que amanhã de manhã eu sei que acordarei com a diva encarnada, vestirei minha saia social mais curta, colocarei minha meia rendada 7/8 com cinta-liga, salto alto e a camisa social, é claro. Look completo de uma moça vulgar e animada que esconde o lado Holden Caufield, depressivo compulsivo, sarcástico e, até mesmo, psicopata dentro de um olhar aparentemente curioso e inocente.

“Maybe I should look away
Before I ruin this
Maybe I should pick the time
Before I pick the place” – Don’t Get Close – Slipknot.
Boa Noite!

Sorte é você quem faz.

Peguei a mochila e adiantei o trabalho de arrumar as coisas. 2 camisetas, 1 calça, 4 calcinhas, 4 pares de meias e uns 2 sutiãs. Seria suficiente para passar alguns dias sem lavar a roupa. Toalhas? Uma só tava bom. Já não cabe quase mais nada e o pouco que ainda falta levar eu vou colocar na sacola disfarçada.
Está tudo indo conforme os planos. Amanhã eles viajam para um lado e eu, ao invés de ficar em casa e cuidar do lar, vou-me para a minha própria aventura. Talvez eu fique fora por apenas uns dias. Ou por todos os outros dias (que era o planejado). Não queria pensar de novo na minha decisão. Olhar meus pulsos cheios de cicatrizes e os recados antigos de amigos perguntando o porquê de tudo isso já me eram justificativas suficientes para tentar novamente. Tentar o isolamento e, enfim, a liberdade absoluta: a morte concebida por mim mesma. Irei para o hotel, ficarei bêbada por 5 dias, farei todo o sexo puro e sujo que conseguir, gritarei, matarei a camareira por diversão e finalmente darei o tiro da redenção. Me despedindo dos jornais que publicarão isso com classe, como um caso memorável. E dos que eu amo, farei com que me odeiem. A glória de virar a mesa e transformar admiração para rejeição.
Ao lado de um possível Lúcifer eu me sentarei. E dele tentarei ser amante.

“People say that your dreams
are the only things that save ya.
Come on baby in our dreams,
we can live our misbehavior.” – Rebellion (Lies) – Arcade Fire.
Boa Noite!

Caixa de Pandora

Lambeu os dedos. O sal fazia sua pressão subir e os lábios ficarem vermelhos. Tentou fazer de novo o truque de equilibrar o pote de sal sobre uma montanha de seu próprio conteúdo derramado sobre uma mesa de bar. Uma atitude patética e, no mínimo, rídicula aos olhos dos frequentadores do boteco. Em toda a sua vida ela se perguntava porque sempre existiram bares como aqueles: sujos, com baratas, olhares maldosos e egoístas em todo lugar, além da gordura abafando o vidro das vitrines de salgados.
Ao olhar o relógio reparou como era fácil sua vida de registros que agora se resumem em anotações num caderno acabado e rasgado nas bordas. Ela anotava as mudanças que precisou tomar para tornar-se alguém totalmente comum e desprezível na cidade do interior. As mulheres sabiam o que ela era pela pose e pelas roupas. Os homens sabiam o que ela era pelo olhar instingando malícia comprada.
Prostituta. Puta. Acompanhante dos pobres. Namorada de aluguel. Vadia. Piranha. Mulher da vida. E a que ela a gostava de se auto-intitular: curiosa. Tanto por essa brincadeira com o nome à sua profissão que para os outros se apresentava como Pandora. Ao abrir suas pernas para libertar a curiosidade de como é sentir cada homem, mulher ou ambos, explode uma gama de raiva, doenças, curas, tristezas, esperanças, paz e guerras internas. E ela agradece ao encontrar Deus caindo na tentação de seu próprio filho vindo da luz.
Os braços marcados pelas mãos de homens brutos e pelas agulhas da tatuagem de rosas tribais desbotam no sol enquanto ela caminha pela rua a caminho da sua kitnet. É claro, ela chama a atenção das pessoas que passam por ela. A mini-saia, o top e o salto de 15 cm deixam claro que este é seu marcketing principal. Ao chegar em casa, tira as roupas e vai para o banheiro. No caminho, pega a toalha amarelada, o pote novo de comprimidos, o espelho e os cadernos. Deixa os cadernos cuidadosamente ao lado da pia, onde não molha, e liga o chuveiro. Tomou 60 comprimidos. Olhou-se no espelho e observou-se colocar a toalha na boca e verificou se era possível assustar-se com aquela cena.
Silêncio gritado. E ela desmaia.

Dica da autora.

Ás vezes você tem que chorar sem motivo para lembrar que não há motivo para chorar. Ás vezes você tem que escutar no último volume para não ensurdercer. Ás vezes tem de manter o espelho embaçado para não ver o que há sempre lá (que provavelmente não é a sua própria persona). Tem de fugir para lembrar que nunca fui presa. Tem de se sujar para lembrar o ato de limpar. Tem de entrar num poço-sem-fundo para lembrar como é ter apenas uma luz inconstante ao seu favor. Tem de tocar para saber se é real.
Ás vezes você tem que morrer por dentro para se abster do lado de fora. Tem de fechar os olhos para enxergar. Tem de ficar sem ar para saber o que é sufocar.

Seguindo estes passos, pode-se dizer que você se tornou alguém existente, mesmo que você simplesmente não esteja. Quando existe, mas não se é.

“Addict with no heroine
E-motion sickness
Distorted eyes
when everything is clearly dying” – Emotion Sickness – Silverchair.
Boa Noite!

Desabafo sem fundamento.

Bate a baixo-estima. Diria que puxam minha energia, mas não gosto de culpar os outros. Gosto da minha solidão e da quietude. Tudo no lugar, tudo dentro do planejado. Meu lado virginiano transparece.

Parte de mim se esvai com os passos das pessoas nas ruas enquanto dou tchau aos parentes que acabam de sair. Ainda sinto os ombros pesados e a mandíbula contraída pelo estresse não intencional. E eu posso mergulhar no meu vazio banal.
Afinal, em que ira eu me transformo? A minha luxúria e minha gula não deixam clara a minha ânsia por cuidados, meu querido? Ou é essa transparência que o assusta? Não o quero muito perto. Isso vai me fazer quem você realmente é e o que eu observo já me basta.

Sua típica arrogância ainda me envergonha. Só que no final você passa por cima desse meu rosto rosado e eu aprecio a bela paisagem que se forma sem você no quadro.

São 00:41 de uma madrugada de domingo para a segunda-feira 14 de setembro de 2009.
Eu estou com sono. E acho que estou em crise de novo. Não sei justificar isso exatamente.

Boa Noite!

Meme de músicas.

Meme que roubei da Danny Kitty.
É fácil: apenas responda as perguntas usando nome de músicas. 🙂

1- Descreva-se: Rotten Apple – Alice In Chains
2- O que as pessoas acham de você: One – Metallica
3- Como descreveria seu último relacionamento amoroso: Sex On Fire – Kings Of Leon
4- Descreva sua atual relação: Sex Type Thing – Stone Temple Pilots
5- Onde queria estar agora: Londo Calling – The Clash
6- O que pensa a respeito do Amor: Damage, Inc – Metallica
7- Como é sua vida: Highway To Hell – AC/DC
8- O que pediria se pudesse ter apenas um desejo: Money – Pink Floyd
9- Escreva uma frase sábia: Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off – Panic! At The Disco
10- Deixe uma frase para os próximos: Burn – Deep Purple

Tô meio sem assunto, com questionamentos na cabeça (mas ainda não estou pronta para colocá-los à mostra) e cansada.
É provável que eu fique postando inutilidades até que algo que eu realmente ache importante venha à tona.
Um beijo. :*
“It’s not a case of doing what’s right
It’s just the way I feel that matters
Tell me I’m wrong
I don’t really care” – Play For Today – The Cure.
Boa Noite!

Fez dela ela mesma.

Eu sinto falta dos abraços, dos apertos, das risadas tímidas. Mas não exatamente de você. Você se tornou um mal pra mim. É só chegar perto que a pele arde, apesar da expressão alegre. É uma vontade de me encaixar no seus braços e ignorar os arranhões na nuca da minha consciência.
Não que isso faça diferença pra alguém como tu, é claro. Está tão distante que nem me percebe te observando. Você só está interessado naquilo que lhe agrada. Não o julgo por isso. Mas eu não consigo evitar aquela mulher que mora dentro de mim e sempre espera sempre um pouco a mais.
Enquanto isso, eu aguardo e penso.

O jeito é abraçar as minhas pernas, encaixar a cabeça nos joelhos, fingir que não machuca e te olhar do outro lado da avenida. Não adianta mais os sorrisos por trás da desconfiança. É um querer cuidar e ser cuidada (que você está longe de me oferecer, aliás, não é de você que eu anseio por isso).

Tento eu achar lógica e me perder em números. É mais fácil.
Assim, você pode ver emoção na sua risada calculada. Você não vai ser o idiota da vez por causa disso, certo?

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Estou com conjuntivite e de mal-humor.
Preciso de abraços, mas não posso tê-los.
E tenho de parar de postar coisas sem sentido, haha. Quem lê nem entende.

Aliás, o meu blog está com problema de hospedagem de imagem. Por isso que aparece apenas o preto e as letras. Vou tentar resolver isso o mais rápido possível. Senão, o jeito é fazer outro. ;/

“I feel you, relate to you, accuse you
Wash away us all, take us with the floods” – Floods – Pantera.
Boa Noite!

Pedras do chão.

Tenho a ligeira impressão de que estou seguindo pelo caminho errado. Não errado. Eu diria o menos indicado para mim agora. Anda tendo tanta coisa na minha cabeça, sendo que a maiora eu considero banal ou descartável, mas, mesmo assim, é de importância fundamental para saber em que meio quero me ver no futuro. Não gosto de decidir as coisas a longo prazo. Eu tenho que depender de uma série de variáveis que, por mim, sempre são 50% x 50%.
50% de que eu entre na faculdade ano que vem, se depender dos meus estudos. 50% de chance de que entre algum tio legal pra cuidar de mim nos próximos tempos. 50% de chance de brigar com pessoas queridas em breve.
Não gosto de prever algo que não posso analisar com cautela. E, pra variar, eu sou um poço de humor inconstante. Nunca vi pior.
Te amo. Te odeio. Tanto Faz. Até que gosto, vai. É meio irritante. Tá aí, né, fazer o que? É legalzin.

Como diz minha velha e sábia Vó Irene: “Tudo a seu tempo. E se não for e o tempo passar, você teve mais tempo pra esperar fazendo outras coisas que anime seu tempo.”

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Mudando de assunto.
Um memê que eu adoro!

1. Agarrar o livro mais próximo
2. Abrir na página 161
3. Procurar a quinta frase completa
4. Colocar a frase no blog
5. Repassar para seis pessoas (e avisa-las)

“E, no entanto, depois que todos os termos negativos foram adicionados e a soma descartada, alguma coisa havia restado – e essa coisa estava centrada no cubículo de vidro que dominava metade do aposento com seu vazio claro.” – Fundação e Império – Isaac Asimov.

Mando para:
Nana;
Kinha;
Allan;
E Duh.

“Agora é pra valer
Esqueça o que eu disse para você!
Já não tem sido fácil… uouooouoooo” – Apenas Um Olhar – Rena, Daniel e Lucas 0o’ (cover NxZero, hauahuahua)
Boa Noite!

Debate solitário.

-É errado.
-Não. Errado é você se deixar levar pelos preceitos morais da sociedade.

-Você estará se enganando fazendo isso.
-Claro que não! Eu me enganaria se achasse que existe algo além do que aconteceu.

-E como os outros vão te ver? Sua imagem vai ficar horrível.
-A minha imagem pode ficar pior ainda se eu ligar pro que eles vão pensar. Eu não faço nada de ruim pra ninguém, não incomodo os outros, não sou canalha, tenho caráter, sei das minhas qualidades e é por causa delas que tenho tantos amigos queridos.

-Ele não presta pra você.
-Não é isso que eu estou procurando nele.

-Ele conhece seus amigos.
-E eu os dele. Há!

-Você pode esperar um outro alguém.
-Pra que? Pra ficar com a pulga atrás da orelha se ele vai ligar depois ou não? Tô fora. As itenções dele são bem claras. E é uma certeza que eu não quero jogar fora.

-E se você ficar no pé dele?
-Eu não deixarei isso acontecer. Nem que eu tenha que cortar o mal pela raiz. Além do que, já sou grandinha pra controlar essas coisas, certo?

-E se ele ficar no seu pé?
-Nada de “e se”. Má que porra, você hein!

-Você está fazendo isso para se auto-afirmar, para chamar a atenção.
-E se tiver? Ninguém tem a ver com isso. Eu só quero curtir e aprender as coisas.
Dá pra me deixar em paz, agora? Já percebeu que eu saí ganhando nessa. Chega de discussão. Eu me decidi e não é você quem vai me atrapalhar.

Esse poço de lógica ainda me mata.
Isso porque eu ainda tenho 17 anos (quase 18).
Quando tiver 37, vou ser uma dona de alguma coisa ou pertencer a um cargo alto de alguma empresa em crescimento, ter 2 filhos, separada e tida como “general do amor” nas rodas de amigos homens (caso eu continue na mesma linha que agora).
Isso parece legal.

“Can you remember remember my name
As I flow through your life
A thousand oceans I have flown” – Perfect Strangers – Deep Purple.
Boa Noite!

Eu te amei ali.

Eu não gosto de aproximações repentinas. Não gosto de invasões. Não gosto del pessoas “querendo ser” amiga minha. Odeio pessoas efusivas. Odeio pessoas que são “preciso que você precise de mim”. Odeio a ironia quando alguém tenta por ordem no barraco. Odeio sarcasmo e ironia quando há bronca em alguém.
E, mesmo assim, insistem em fazer isso.
Muitas pessoas odeiam aquelas pessoas que dizem “eu te amo” sem amar. Nunca existiu isso. Todos sabemos que esta é uma expressão muito forte e só deve ser usada com moderação. Pois bem, eu direi agora que amei praticamente todos que passaram pela minha vida, mesmo que só de vista, eu os amei. Não é um amor como um de amigo, é claro. Mas é uma explosão de sentimentos por alguem, mesmo que alguém alheio.
Eu amo meu irmão quando ele acorda e senta no sofá para ler o jornal. Eu amava o Allan quando nos encaixávamos no sofá menor para ver um filme. Amo minha mãe quando ela está lendo enquanto espera a água ferver para o café de manhã. Amo meu pai quando ele se interessa pelo meu dia. Amo o Lucas quando ele fala rindo. Amo o Patrick quando ele me faz rir. Amo a Monica quando ela conta suas histórias. Amo o Allan Loirão quando ele conta das suas garotas. Amo a Amanda quando ela fala de jeito afeminado, haha.
Amo o momento. Amo o fato da pessoa ter me dado aquele momento, seja de felicidade, seja de tristeza, ou raiva. Não quer dizer que eu queira a pessoa pelo eterno. Além do mais, eu nem acredito mais nisso. Só quero dizer que, só porque alguém disse eu te amo para 500 pessoas, pode ser tanto falsidade dela, quanto pode ser o meu caso. Eu amei todos sim, mesmo que por um segundo, eu os amei.

Eu entendo, isso foi um sinal de crise de carência ao extremo. Mas eu quero que saibam, de certa forma. Porque, assim como os amei, eu os odiei.
São sentimentos próximos, é claro.
Certo, vou parar de beber, hauhauah.

“It was tempting and bared,
The whoring angel rising
Now burning prayers,
My silent time of losing” – 10’s – Pantera.
Boa Noite!