ser ou não ser?

Sabia que os maiores índices de suicídios são em países de alto-padrão, totalmente ‘resolvidos’. É uma coisa tão certa, tão sem problemas, tão FELIZ que as pessoas acabam se enchendo de tanta perfeição e acabam se matando.
Fundo do poço: viciante. Distorcer a realidade, fazer drama, achar esse mundo todo insuficiente é natural de um ser humano? Aliás, é natural de uma garota alá seus 18 anos, com faculdade nas costas, namorando, família em ordem, financeiramente estável e amigos por perto ainda querer procurar qualquer tipo de coisa ‘errada’ em sua vida? Por que eu ainda quero coisas (ou pessoas) que me machucam por perto?
Tudo errado, tudo ao contrário.
Não é mais uma questão de liberdade. É uma questão de alívio. Toda essa cobrança de ser feliz, toda essa cobrança de parecer bem porque está tudo bem me sufoca.
Deus! Como é difícil esquecer. Será que o isolamento é a solução? E olha só, parece que estou tentando te copiar. Mas parece agora que estou vendo o seu lado e, por instinto, seguindo o mesmo caminho. Odeio o fato de sermos parecidos e nem podermos falar sobre. Por que tem que ser assim? Parece uma questão de adolescentizinha em crise, mas e daí?! Que seja! Me deixa ser o que for. Mas por que eu tenho que ficar seguindo tudo isso? Por que parece que estou vivendo por outrém senão eu?
Por que parece tão insuficiente?
Por que eu ainda sinto tanta falta?

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